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02/03/2023
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Barra e Recreio são os bairros preferidos para aluguel e venda no Rio.

Barra e Recreio são os bairros preferidos para aluguel e venda no Rio.

Enquanto as vendas de imóveis estão mais estáveis num cenário de taxas de juros mais altas, o mercado de aluguéis tem acelerado. No Rio, dois bairros se destacam como prioridade na procura das famílias, em ambos cenários: juntos, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes concentraram 20% da demanda pela casa nova no ano passado. Os dados são da edição de fevereiro do Radar Imobiliário, elaborado pelo DataZap, da plataforma Zap Imóveis.

Apesar de se manterem na liderança, os dois bairros da Zona Oeste perderam espaço para outros locais. Na comparação com 2021, no acumulado do ano passado locais como Copacabana (0,61%) e Botafogo (1,2%) ganharam espaço, num reflexo do avanço da vacinação e da retomada das atividades presenciais nas áreas centrais da cidade.

É o que avalia a economista Larissa Gonçalves, responsável pelo estudo.

— A pandemia trouxe o home office, onde as pessoas priorizaram o conforto, já que o deslocamento não era mais uma prioridade. Barra e Recreio se destacaram nisso, já que são bairros com um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) muito alto, onde tem praias, supermercados, shoppings. A pandemia ainda impacta na busca por esses locais, mas os efeitos estão perdendo força com muitas empresas voltando para o presencial ou o híbrido — explica.

Larissa também destaca que, com crédito mais caro — a taxa básica de juros da economia (Selic) está em 13,75% ao ano —, as vendas ficam mais tímidas, e os consumidores acabam optando pelo aluguel.

— O mercado de venda como um todo, o que inclui o Rio, teve uma estabilização, enquanto o de locação vem acelerando desde o meio do ano passado. Em agosto de 2021, tivemos o maior nível de concessão de crédito imobiliário em 20 anos, mas as vendas caíram com os efeitos da taxa de juros. Adquirir um imóvel ficou menos atrativo — analisa a especialista: — Ao contrário do que acontece com as vendas, que são mais influenciadas por uma questão macroeconômica, na locação os contratos são de, no máximo, três anos. Então, as pessoas têm uma possibilidade de deslocamento muito maior.

Preço do m² também pesa

Larissa lembra que influencia também na procura o preço do metro quadrado por bairro, que tem aumentado nas localidades mais buscadas. Dados do Índice FipeZAP+ de Locação Residencial mostram que na Barra, por exemplo, o preço médio subiu 24,1%, entre dezembro de 2021 e o mesmo período do ano passado. Enquanto isso, em Botafogo, a variação foi de 9,2%.

— A máxima do mercado é sempre localização. O lugar que você quer morar só existe um, não tem como deslocar. Então, no fim, a pessoa vai botar no ponta do lápis o preço do que é prioridade para ela. E é claro que o nível de renda influencia diretamente nisso. Não conseguimos, no entanto, afirmar se a renda aumentou na proporção da subida de procura por essas regiões. É dificil de saber enquanto não tivermos os resultados do Censo do IBGE. Vamos conseguir entender melhor essas questões quando conseguimos visualizar a renda dessas famílias — pontua.

A pesquisa do DataZap também apontou as preferências dos cariocas na hora de escolher um imóvel. Entre os que pretendem alugar, 80% procuram casas ou apartamentos com metragem de até 100m², 51,6% priorizam dois dormitórios, e 55% desejam uma vaga de garagem.

Já entre as vendas, 58,9% querem imóveis de até 100m², 42,6% buscam opções com dois quartos, e 54,6% uma vaga para o carro.

Presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Rio (Sindimóveis Rio), Mauro Pimentel orienta que — tanto em caso de aluguel, quanto para compra — os interessados devem ter, antes de tudo, paciência e atenção na hora de fechar o negócio.

— É o caminho para evitar dores de cabeça. Orientamos que essa família sempre procure um profissional qualificado e regulamentado. A documentação precisa também ser muito bem analisada. Temos visto muitos casos de golpe envolvendo imobiliárias falsas — afirma.

Ele explica que documentos como as autorizações da imobiliária para negociar o aluguel ou venda do imóvel são essenciais para garantir que o negócio é seguro, assim como o Registro de imóveis (RGI), em caso de compra.

— Pré-pagamento não se faz, nem para pagamento de possível reserva, porque o consumidor fica desprotegido — alerta.

Pimentel recomenda ainda que a família acompanhe a vistoria do imóvel antes da mudança, mesmo que o processo seja feito por uma empresa especializada:

— Visite o bairro de dia, à noite, com sol, com chuva, para entender qual é a dinâmica. E participe da vistoria. É essencial para enxergar defeitos e falhas e o que é responsabilidade do proprietário antes de entrar no imóvel.

 

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