Futuro do mercado imobiliário depende da inovação

Futuro do mercado imobiliário depende da inovação

Nas últimas décadas, a tecnologia transformou a maneira como o mercado imobiliário funciona

Nas últimas décadas, a tecnologia transformou a maneira como o mercado imobiliário funciona. Quem já precisou alugar, comprar ou anunciar um imóvel sabe que hoje em dia essa jornada começa tipicamente pela internet, com uma busca nos principais sites e plataformas de anúncios mobiliários.

Mais recentemente, por conta da pandemia, essa simbiose entre o setor imobiliário e o digital se aprofundou. Visitas remotas por vídeo, entrega e validação de documentação sem a necessidade de cópias em papel, assinatura digital de contratos: todas essas ações pouco conhecidas até poucos anos atrás tornaram-se comuns.

Não há duvida de que a evolução das ferramentas digitais aprimorou a maneira como compramos ou alugamos imóveis, mas quais serão os próximos passos dessa transformação? Quem acompanhou a última edição do Conecta Imobi 2023, maior evento do mercado imobiliário na América Latina, saiu de lá com boas pistas da direção que devemos seguir.

Ao longo dos dias do evento, discutiu-se, por exemplo, o papel da inteligência artificial (IA) no setor. E claro que ainda estamos muito longe do que vemos nos filmes de ficção científica, mas uma coisa é certa: a tecnologia já é realidade e os avanços podem fazer dela uma grande aliada dos profissionais do setor. Entre os diversos palestrantes que subiram ao palco, ficou evidente que ela faz mais parte da realidade de empresas, profissionais e clientes do que parece.

Quando aplicada aos corretores, por exemplo, fica claro seu potencial de agilizar o atendimento ao cliente com qualidade. Com o auxílio da tecnologia que reproduz com perfeição a voz de qualquer pessoa, o corretor poderá aumentar o número de atendimentos simultâneos, proporcionando eficiência ao processo, sem aumentar seu custo fixo.

Outro importante trunfo da IA é sua capacidade de organizar grandes volumes de dados e, com isso, auxiliar na tomada de decisões. Isso pode ser útil para, por exemplo, recomendar alterações no preço de imóveis, de acordo com os valores praticados em determinada região e, com isso, aumentar as chances de venda. Essa precificação sugerida em segundos, também ajuda a nortear os processos de aprovação de crédito imobiliário e de garantia. A tecnologia também pode contribuir no fechamento dos contratos, tornando a jornada mais fluida e melhorando ainda mais a experiência do cliente.

A leitura de mercado feita pela IA também permite direcionar melhor os anúncios imobiliários, mirando regiões ou segmentos específicos nos quais há procura por determinado tipo de produto. Novamente é a tecnologia contribuindo para girar o mercado com mais rapidez e eficiência.

Tudo isso mostra que esses recursos podem e devem ser aproveitados por todos. Sua utilidade não se limita aos grandes players do setor, mas a qualquer um que busca o auxílio da tecnologia para fazer negócios de um jeito mais inteligente.

Dada a maneira como a economia funciona atualmente, o investimento em tecnologia e inovação deixou de ser opcional. E mais: o mercado imobiliário não pode se limitar a seguir tendências e a incorporar tecnologias surgidas em outros setores; é preciso ir além, investindo em inovação “própria”, em ferramentas adaptadas às suas demandas específicas.

Só assim o mercado imobiliário, que ainda opera de forma mais “tradicional” em comparação com setores mais disruptivos da economia, estará pronto de verdade para atender às expectativas do exigente consumidor atual.