Localização ou tamanho: o que importa mais na hora de escolher um imóvel?

Todo mundo que está procurando um novo lar, seja para comprar ou alugar, certamente já se perguntou: o que realmente importa mais na hora de escolher um imóvel? Localização ou metragem? Optar pelas vantagens de morar em um imóvel maior e mais afastado ou em um pequeno e muito bem localizado?

Essa é uma das primeiras decisões a serem tomadas durante a jornada de compra ou locação de um imóvel. E não é à toa: tanto a localização quanto o tamanho impactam diretamente a qualidade de vida, a rotina e até mesmo a valorização futura do imóvel. Vamos explorar melhor os prós e contras de cada escolha para te ajudar a tomar a decisão certa.

O ponto de partida: Localização e preço

Sabemos que a jornada de quem procura um imóvel normalmente começa por dois fatores principais: localização e preço. Esses dois elementos filtram as primeiras opções e definem a base para o que virá a seguir. A partir dessa busca inicial, começamos a avaliar detalhes como metragem, número de quartos, vaga de garagem, área de lazer, segurança, entre outros.

Mas entre a metragem maior, localizada mais distante dos centros urbanos, e um imóvel compacto em região central, qual vale mais a pena? A resposta pode variar de acordo com o estilo de vida, rotina e prioridades de cada família.

A força da localização: praticidade e mobilidade

Especialistas do mercado imobiliário costumam afirmar que, para boa parte das pessoas, a localização é o fator mais importante na escolha do imóvel. Principalmente em grandes centros urbanos como o Rio de Janeiro e São Paulo, onde a mobilidade é um desafio diário.

Morar próximo ao trabalho, à escola dos filhos, à academia, supermercados, shoppings e outras facilidades do dia a dia traz um ganho de tempo e qualidade de vida. E isso se torna um diferencial especialmente valioso quando o trânsito é um obstáculo constante.

Para o paulistano, por exemplo, o trânsito é uma das maiores dores da cidade. Estudos apontam que as pessoas gastam, em média, 30% do tempo útil presas em congestionamentos. Por isso, muitos preferem abrir mão de espaço interno em troca de uma vida mais prática, com deslocamentos mais curtos ou até a possibilidade de fazer tudo a pé.

Sustentabilidade e vida urbana

A escolha de morar perto dos principais pontos da rotina também está ligada à sustentabilidade. Usar menos o carro significa reduzir a emissão de gases poluentes, contribuir para um trânsito menos caótico e promover uma vida mais ativa e conectada com a cidade. Famílias que valorizam essas pautas tendem a optar por regiões centrais, mesmo que isso implique viver em espaços menores.

Quando o tamanho importa mais

Apesar de todos os benefícios da localização privilegiada, há quem priorize espaço e conforto. E está tudo bem com isso. Muitas famílias, especialmente aquelas com crianças pequenas ou que valorizam áreas de lazer privativas, preferem morar em casas maiores, com quintal, espaço para home office, salão de jogos e outras comodidades.

Essa escolha é comum em condomínios mais afastados dos centros, que oferecem estrutura completa de segurança, lazer e contato com a natureza. Além disso, esses imóveis costumam ter valores mais acessíveis por metro quadrado, possibilitando adquirir um imóvel maior sem extrapolar o orçamento.

O professor universitário Antônio Brito é um exemplo disso. Ele se mudou para o interior em busca de mais qualidade de vida: "Me mudei para o interior para oferecer para mim e para minha família uma melhor qualidade de vida. Moro em uma chácara bem confortável, com lazer para os meus filhos e o tempo que eu gasto hoje no trânsito, morando fora da Capital, é praticamente o mesmo de quando morava na cidade. Mas a diferença é que hoje não fico parado em engarrafamento."

Para pessoas como Brito, conforto, espaço e preço justificam a distância. Além disso, o home office se tornou realidade para muitos, tornando menos relevante a proximidade com o escritório.

Qualidade de vida: uma escolha pessoal

Entre morar em um apartamento de 45m² em uma região central ou em uma casa de 120m² em um bairro mais afastado, a decisão vai depender do que você valoriza mais no seu dia a dia. Tempo, espaço, conforto, acesso à natureza, praticidade, segurança, conexão com o bairro: todos esses fatores entram na equação.

Famílias com crianças pequenas podem preferir espaço, área de lazer, jardim e tranquilidade. Já casais jovens e profissionais que vivem uma rotina mais agitada tendem a priorizar localização, mobilidade e acesso aos serviços urbanos.

E o valor de revenda?

Outro ponto importante a se considerar é a valoração do imóvel. Imóveis bem localizados tendem a ter maior liquidez e são mais fáceis de vender ou alugar futuramente. Mesmo sendo menores, podem representar um investimento mais seguro a longo prazo. Por outro lado, imóveis maiores em regiões em desenvolvimento também podem valorizar bem, desde que estejam em áreas com potencial de crescimento.

A verdade é que, na medida do possível, o ideal é equilibrar localização e tamanho. Encontrar um imóvel que ofereça espaço interno adequado, boa distribuição dos cômodos e esteja em uma região bem servida de infraestrutura é o cenário ideal.

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